Challenge

Desenvolva e otimize a estabilização de telescópios, uma câmera de rastreamento e sistemas de interface para o Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), um observatório aéreo.

Solution

Utilize o SOLIDWORKS Research Edition como a plataforma principal para projetar e otimizar a estabilização de telescópios, a câmera de rastreamento e sistemas de interface.

Results

  • Apoio de conquistas importantes na descoberta astronômica
  • Interface otimizada de câmeras de rastreamento/telescópio
  • Diminuição do peso das peças com o uso de ferramentas de simulação
  • Facilitação da colaboração e da comunicação entre a equipe de desenvolvimento

O Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA) é uma aeronave Boeing 747 SP reformada, equipada com um telescópio infravermelho de 2,7 metros, o que a torna o único observatório aéreo do mundo. Esse inovador avião de pesquisa permite que os cientistas vejam o espectro infravermelho de luz, que é apenas parcialmente visível do solo, da altitude de deslocamento do SOFIA na estratosfera. Ele foi desenvolvido em conjunto por meio de uma parceria entre o DLR (Centro Aeroespacial Alemão) e a NASA (National Aeronautics and Space Administration, administração nacional da aeronáutica e espaço).

A operação científica do SOFIA é coordenada pelo Instituto Alemão SOFIA (DSI), que está localizado na Universidade de Stuttgart, e pela USRA (Universities Space Research Association, associação de pesquisas espaciais universitárias) nos Estados Unidos. Um consórcio da indústria alemã projetou e fabricou o telescópio em nome do DLR. Os sistemas de isolamento vibratório e rotacional, as câmeras de rastreamento e a interface do sistema de rastreamento/telescópio foram desenvolvidos pelo DSI. A NASA foi responsável pela modificação da aeronave de longo alcance, instalação do telescópio, teste de voo e operações. A principal vantagem do SOFIA em relação aos telescópios de solo é que os astrônomos podem posicionar o observatório no local preciso necessário para ver eventos celestiais raros, como ocultações, e fazer observações dos hemisférios norte e sul com o mesmo conjunto de instrumentos.

A luz infravermelha emitida por objetos espaciais é de interesse particular para cientistas e apenas parcialmente visível do solo, principalmente porque o vapor de água na atmosfera da Terra bloqueia a passagem da radiação infravermelha. No entanto, a uma altitude de 13 quilômetros na estratosfera, quase nada atrapalha a observação de objetos astronômicos no espectro infravermelho.

De acordo com o Dr. Dörte Mehlert da Universidade de Stuttgart, o DSI desenvolveu grande parte de seus sistemas SOFIA trabalhando com alunos de pós-graduação e doutorado da universidade. Para facilitar a colaboração e o desenvolvimento, a equipe precisava padronizar uma plataforma de projeto 3D comum. O DSI escolheu o SOLIDWORKS® Research Edition porque ele é fácil de usar, os projetistas têm acesso às ferramentas integradas de simulação do SOLIDWORKS, e porque o SOLIDWORKS é popular entre os participantes do projeto.

"Escolhemos o SOLIDWORKS principalmente porque a maioria de nossos parceiros industriais usa o SOLIDWORKS", explica Yannick Lammen, doutorando em engenharia mecânica pela Universidade de Stuttgart, que está trabalhando em otimizações estruturais dos sistemas de isolamento vibratório e rotacional para o telescópio. "Eu, e pelo menos um colega, não tínhamos usado o SOLIDWORKS antes deste projeto, mas o software é tão fácil de usar que aprendemos a usá-lo em uma semana."

 

SIMULAÇÃO DAS CONDIÇÕES ESTRATOSFÉRICAS

A equipe de desenvolvimento do SOFIA usou o software de modelagem SOLIDWORKS para projetar as várias montagens e componentes necessários para estabilizar as câmeras de rastreamento e do telescópio durante o voo. Eles também utilizaram as ferramentas do SOLIDWORKS Simulation para validar e otimizar o desempenho do projeto no ambiente operacional desafiador de uma aeronave móvel na estratosfera.

"A aeronave SOFIA está constantemente tremendo e se movendo, e os sistemas do telescópio devem funcionar em uma ampla faixa de temperatura e pressão", explica Jan Drendel, pós-graduando de engenharia mecânica pela Universidade de Stuttgart, que trabalhou na interface entre as três câmeras de rastreamento/posicionamento da aeronave e o telescópio. "O sistema é submetido ao calor da Califórnia quando está no solo e a temperaturas próximas a -40 °C quando está na estratosfera."

"Com as ferramentas do SOLIDWORKS Simulation, realizei estudos lineares de tensão de estática e expansão térmica nos componentes da interface da câmera/telescópio", acrescenta Drendel. "O peso é fundamental em projetos aeroespaciais, e o SOLIDWORKS Simulation me ajudou a reduzir o material e o peso em componentes com baixa tensão operacional, além de fortalecer as peças onde a tensão é alta."

Com as ferramentas do SOLIDWORKS Simulation, realizei estudos lineares de tensão de estática e expansão térmica nos componentes da interface da câmera/telescópio. O peso é fundamental em projetos aeroespaciais, e o SOLIDWORKS Simulation me ajudou a reduzir o material e o peso em componentes com baixa tensão operacional, além de fortalecer as peças onde a tensão é alta.

Jan Drendel
Aluno de pós-graduação em engenharia mecânica

FACILITAR OS ESFORÇOS DE COLABORAÇÃO

Além de facilitar a colaboração e a comunicação entre a equipe de projeto mecânico (por exemplo, a alternância entre o esforço de estabilização do telescópio e a interface de posicionamento da câmera/telescópio), a plataforma de projeto do SOLIDWORKS facilitou as interações com outras equipes responsáveis pelo desenvolvimento de componentes eletrônicos, ópticos e de software. "Existem muitas outras disciplinas que trabalharam neste projeto", observa Lammen.

"Os recursos avançados de visualização de projetos do SOLIDWORKS, incluindo seu kit de ferramentas de renderização e criação de animações, facilitaram a comunicação entre as disciplinas e com os parceiros envolvidos na montagem e desmontagem do sistema", acrescenta Lammen.

 

IMPORTANTES CONQUISTAS ASTRONÔMICAS

O desenvolvimento do observatório aéreo SOFIA, que fez seu primeiro voo científico em 2010 e iniciou oficialmente suas operações em maio de 2014, levou a uma série de conquistas astronômicas. Elas incluem a ocultação de Plutão, quando a sombra de Plutão se moveu pela Terra; a descoberta de duas novas moléculas no meio interestelar, hidreto de enxofre e hidroxila deuterada; e descobertas da dinâmica do gás e da formação de estrelas no centro da nossa galáxia, a Via Láctea.

"O SOFIA pode estar no lugar certo na hora certa", afirma Lammen. "Sinto que eu estava no lugar certo na hora certa, tendo essa oportunidade maravilhosa de trabalhar no desenvolvimento de uma verdadeira inovação astronômica."